Pedrógão Grande Incendio
- Bombas para incendio
- Pedrógão grande incendie.fr
- SIC Notícias | Como e onde começou o incêndio de Pedrógão Grande?
O incêndio na zona de Pedrógão Grande já consumiu mais de 30 mil hectares de floresta desde sábado passado, segundo dados do Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (conhecido pela sigla EFFIS). Este valor ultrapassa largamente os números atingidos nos grandes incêndios de 2012 em Tavira e de 2003 na Chamusca — os dois maiores fogos até agora em Portugal. No distrito de Leiria, entre Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra e Aguda já arderam 25. 969 hectares desde o passado sábado. Já no concelho de Pampilhosa da Serra o fogo consumiu outros 7310 hectares, a que acrescem outros 481 hectares no concelho de Oleiros, distrito de Castelo Branco, segundo o EFFIS. Neste distrito, a área ardida foi contabilizada desde domingo. Estes valores colocam a tragédia de sábado como a mais negra de sempre no país em termos de incêndios. Não só em número de vítimas, mas também de área ardida. O fogo de Cachopo, em Tavira, em Julho de 2012 passa agora a ser o segundo maior, com 24. 843 hectares de área ardida, seguido pelo de Ulme, na Chamusca, que em Agosto de 2003 destruiu 22.
Bombas para incendio
É ainda referido no relatório que esta possibilidade de expansão das chamas "permitiu que o incêndio aproveitasse e reforçasse a estrutura favorável da atmosfera, fazendo ascender a coluna de convecção até à formação de um pirocúmulonimbo, em que processos atmosféricos dominam o fogo e o tornam mais errático e perigoso". Ocorreu também "o 'colapso' da coluna de convecção, que originou a forte corrente de ar descendente ('downburst') causador do súbito e violento crescimento do fogo". O relatório hoje entregue no parlamento analisa os fogos ocorridos entre 17 e 24 de junho nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Penela, Oleiros, Sertã, Góis e Pampilhosa da Serra. O fogo que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho só foi extinto uma semana depois, tal como o incêndio que teve início em Góis (distrito de Coimbra). Os dois fogos, que consumiram perto de 50 mil hectares em conjunto, mobilizaram mais de mil operacionais no combate às chamas.
O fogo de Pedrógão Grande foi "muito provavelmente aquele que, em Portugal, libertou mais energia e o fez mais rapidamente (com um máximo de 4. 459 hectares ardidos numa só hora), exibindo fenómenos extremos de vorticidade e de projeção de material incandescente a curta e a longa distância", afirma o relatório da Comissão Técnica Independente (CTI), criada pela Assembleia da República, em 10 de julho, para fazer "uma avaliação independente" dos incêndios ocorridos entre 17 e 24 de junho, naqueles 11 concelhos dos distritos de Leiria, de Coimbra e de Castelo Branco. O relatório de desempenho do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), publicado dez dias depois, no portal do Governo, indica que o número de chamadas processadas nas 16 estações-base, entre as 19h00 de 17 de junho e as 09h00 do dia seguinte, foi de 115. 255, representando uma média de 8. 233 chamadas por hora. Cerca de 08% (mais de 10 mil) das 115. 255 chamadas feitas nos incêndios de Pedrógão Grande, entre as 19h00 de 17 de junho e as 09h00 do dia seguinte, não foram feitas à primeira tentativa devido à saturação da rede, revelou o SIRESP.
Por outro lado, a maioria das intervenções em infraestruturas municipais estava por concluir no início deste ano e ainda só foi pago 10, 8% do apoio aprovado às autarquias. Quase meia centena de empresas foram também atingidas pelas chamas, afetando os empregos de 372 pessoas. O Governo anunciou, já este mês, que vai alocar mais cinco milhões de euros para apoiar mais zonas de localização empresarial na região afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande. As estimativas feitas pouco tempo depois dos incêndios apontavam para que os prejuízos provocados na floresta ultrapassassem os 83 milhões de euros, enquanto os danos em habitações apontavam para mais de 27, 6 milhões de euros, na indústria e turismo perto de 31, 2 milhões de euros e noutras atividades económicas mais de 27, 5 milhões de euros. A agricultura sofreu, de acordo com os mesmos cálculos, prejuízos na ordem dos 20 milhões de euros, valor idêntico ao estimado para os danos provocados em infraestruturas municipais, tendo a rede viária nacional ficado danificada em perto de 2, 6 milhões de euros.
Pedrógão grande incendie.fr
Ainda não está incluída a área ardida de Castanheira de Pera e Pampilhosa da Serra. A extensa área de floresta queimada estende-se por diferentes concelhos, numa área marcada pela confluência dos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco. Imagens captadas a 20 de junho de 2017 Perante o cenário de destruição, impõe-se um gigantesco esforço de reconstrução. Na agora chamada "estrada da morte" é necessário remover e substituir o alcatrão, o que obriga a que a circulação automóvel se faça de forma alternada. Noutros locais cortam-se as árvores que, apesar das chamas, se mantiveram de pé. A EDP procede à reparação da rede elétrica que ficou danificada pelo fogo. Em dezenas de aldeias da região, há casas destruídas. É preciso por mãos à obra, trabalhar para que os desalojados voltem a ter uma casa digna desse nome. Imagens captadas a 21 de junho de 2017 O incêndio de Pedrógão Grande matou 64 pessoas e deixou mais de 200 pessoas feridas. É o incêndio mais mortífero de que há memória em Portugal.
O Conselho para a atribuição de indemnizações às vítimas dos incêndios de 15 de junho e de 17 de outubro de 2017 fixou, em final de novembro, em 70 mil euros o valor mínimo para privação de vida, valor que, no entanto, caberá à provedora de Justiça estabelecer em relação a cada um dos casos. O processo de indemnização relativo às vítimas mortais dos incêndios de Pedrógão Grande, cujo prazo de entrega terminou a 15 de fevereiro, recebeu 65 pedidos, de acordo com a Provedora de Justiça, que recebeu, por outro lado, 57 pedidos de indemnização de feridos graves, cujo prazo de candidatura terminou em 30 de maio de 2018. As seguradoras anunciaram, em 13 de julho de 2017, que iriam pagar indemnizações no valor de 18, 8 milhões de euros, depois de um "primeiro apuramento de danos". O Parlamento Europeu aprovou, em 30 de maio deste ano, a mobilização de 50, 6 milhões de euros do Fundo de Solidariedade da União Europeia para o restabelecimento das infraestruturas danificadas pelos incêndios não só de Pedrógão Grande e Góis, mas de todos os que ocorreram em Portugal em 2017.
O primeiro-ministro, em Pedrógão Grande, revelou esta tarde as necessidades dos concelhos afetados pelas chamas que lavram desde o sábado à tarde. Questionado pelos jornalistas, António Costa atualizou o balanço de mortes no incêndio que afeta Pedrógão Grande, revelando que são 61 e não 62 as vítimas mortais da tragédia que afeta a localidade do distrito de Leiria, acrescentando, no entanto, que o número de mortes deverá aumentar nas próximas horas. A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, revelou que existem 62 feridos, a maioria civis, que foram levados para hospitais de Lisboa, Coimbra e Porto. Há dez bombeiros feridos. O primeiro-ministro anunciou que existem reforços de meios vindos do estrangeiro e que é essencial a chegada de mais homens para o campo para poder substituir aqueles que se encontram a lutar as chamas desde o sábado à tarde. António Costa pediu também aos populares que acarretem as ordens das autoridades quando for necessária a evacuação de habitações e aldeias.
SIC Notícias | Como e onde começou o incêndio de Pedrógão Grande?
O incêndio florestal que deflagrou há quatro meses em Pedrógão Grande, tendo alastrado a vários municípios vizinhos, causou 64 mortos e mais de 200 feridos.
- Equipamentos de combate a incendio
- Listas definitivas de ordenação de professores 2016 en espanol
- Pedrógão grande incendie www
- Programação rtp1 domingo
- Incêndio em Pedrógão Grande, há um ano, matou 66 pessoas, feriu 253 e atingiu 261 habitações – Observador
- Pedrógão grande incendio
- Listas de colocação de professores 2018 reserva de recrutamento
- Combate ao incendio
Era uma estrada como há tantas outras em Portugal. No passado sábado, a estrada nacional 236-1 tornou-se na "estrada da morte", o local onde 47 pessoas perderam a vida. Dezenas de famílias ficaram encurraladas na estrada que une Castanheira de Pêra a Figueiró dos Vinhos, servindo ainda de acesso ao IC8. Os condutores não conseguiam seguir em frente, poucos conseguiram voltar para trás. Os populares e as autoridades dizem que o fogo chegou de forma repentina, que não era expectável que se produzisse aquele inferno em plena estrada nacional. A outrora via rodeada por floresta verdejante e densa deu lugar a uma estrada cercada por uma floresta negra. No asfalto danificado, durante longas horas, permaneceram os carros destruídos. O antes e o depois é notório. Montagem: Sara Piteira - RTP | Fotografias: Google Maps e Miguel A. Lopes - Lusa A dimensão da tragédia ganha ainda outro relevo com as imagens aéreas captadas pelo drone da RTP. Logo no domingo, os carros são rebocados, debaixo de um céu pintado a sépia, ainda sob forte influência do fogo que semeou a morte naquele troço de 500 metros.